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quarta-feira, 22 de maio de 2013

A infinitude dos primos (parte 2 - Goldbach, Hurwitz)

Olá pessoal, na segunda postagem sobre a infinitude dos primos, trazemos aqui três matemáticos que estão, de certa maneira ligados, por demonstrarem este famoso Teorema seguindo a mesma linha de raciocínio. A prova dada por Goldbach foi encontrada em uma carta, destinada a Euler, datada de 20 de julho de 1730 e é reconhecida como a primeira prova da infinitude dos primos que é essencialmente diferente da prova dada por Euclides. Mais tarde, em 1892, Hurwitz, de maneira independente, provou em um exercício utilizando o mesmo raciocínio que Goldbach tivera. A prova de Hurwitz, obviamente não foi publicada, mas encontra-se preservada em uma de suas listas de exercícios no Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (Eidgenössische Technische Hochschule Zürich). A prova é segue da seguinte maneira:

Teorema: Existem infinitos números primos.

Dados dois números primos entre si, qualquer primo que divida um deles, certamente não dividirá o outro. Assim, basta construir uma lista infinita de números que são dois a dois primos entre si. Uma lista que satisfaz essa propriedade pode ser obtida pelos números de Fermat dados, para n0, por Fn=22n+1
De fato, se Fm é um número de Fermat, vale a seguinte propriedade Fm2=F0F1Fm1. Propriedade essa que é fácil de ser provada por indução, pois se supusermos que vale Fk12=F0F1Fk2 então teremos
 Fk2=22k1=(22k1)212=(22k11)(22k1+1)=(Fk12)Fk1=F0F1Fk1Fk.

Visto isso, temos, para n<m, que se um número primo p pudesse dividir Fm e Fn ele dividiria FmF0Fm1=2, daí seria p=2 o que é impossível, já que todo número de Fermat é ímpar. Isto demonstra que Fm e Fn são primos entre si, o que conclui a prova do teorema.

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